Catarina Oliveira: "Isabel Góis e Jéssica Ferreira são as Guarda-redes mais difíceis de marcar golos"
Catarina, é uma das jogadoras que sobreviveu à saída de
algumas das peças mais importantes do Cale. Como encara essas saídas?
Encaro com uma enorme alegria e satisfação pelas minhas
colegas. Por exemplo a Cristiana Morgado e a Daniela Mendes, sempre foram
pessoas muito influentes tanto na formação, como na nossa equipa de Seriores e
agora decidiram dar um passo diferente e tiveram todo o meu apoio.
Cada pessoa lida com as entradas e saídas de colegas à sua
maneira claro. Eu desde que comecei a jogar apendi que por muito que as minhas
colegas saiam ou mudem de clube eu vou sempre desejar o melhor para elas, pois
foi uma decisão que elas tomaram.
Eu continuo a trabalhar no clube que sempre estive e como o
meu treinador Vasco Ramos diz, “Contamos com que está cá e quem está cá dá
sempre o melhor que pode”.
A Catarina acredita que agora irá assumir um papel ainda
mais preponderante da equipa?
Eu considero que o meu papel neste clube, contando com os
anos que tenho à casa, é o papel de integrar as pessoas e recebe-las o melhor
possível. Claro que dou o meu máximo nos jogos para que a equipa tenha bons
resultados, mas se não houver uma equipa coesa e uma equipa unida, por muito
que me esforce nunca será suficiente para conseguir os objetivos.
Por isso acho que o meu papel na equipa é mesmo este papel
de integração nesta família na qual já estou há 16 anos.
O Cale, apesar de perder sempre jogadoras importantes todas
as épocas, consegue sempre manter-se. Qual o segredo desta reinvenção
constante?
Eu acredito que muito vem do espirito criado dentro da
equipa, tanto das jogadoras, como da equipa técnica, como da bancada.
Podemos não ter as melhores jogadoras do campeonato, podemos
não ser as favoritas, mas acreditamos umas nas outras e no valor que temos. É
isso que nos faz acreditar e nos tem mantido na primeira divisão. E mais uma
vez cito uma frase que o nosso treinador nos diz “Temos dois braços e duas
pernas como todas as outras, agora temos é de dar o nosso melhor”
Qual a jogadora portuguesa que mais admira?
Helena Soares pela sua entrega e dedicação a cada jogo que
faz.
Qual a Guarda-redes nacional mais difícil de marcar golos?
Para mim as mais complicadas de marcar golos são as duas
guarda-redes que neste momento se encontram na Seleção Nacional Portuguesa, ou
seja, Isabel Gois e Jéssica Ferreira.
Vasco Ramos é um treinador bastante agressivo verbalmente
mas parece ter uma boa relação com as jogadoras. Concorda?
O Vasco é apenas um treinador muito explosivo, apesar disso
sabe ter uma boa relação connosco claro.
Não sei se é por estar com ele há uns anos, mas a mim,
sinceramente já não me apercebo muito disso, quem está de “fora” pense talvez
que ele é um bruto insensível para as jogadoras mas desenganem-se disso, ele é
uma pessoa completamente acessível e apoia-nos sempre que nós precisamos.
A Catarina é uma das melhores executantes do campeonato na
ponta esquerda. No Cale costumam ter trabalho específico desse posto?
Se sou ou não das melhores executantes não sei, apenas gosto
de dizer que sou uma jogadora que “adora aquilo que faz”, mas sim, temos
trabalho especifico normalmente feito pelo treinador adjunto, Christophe Pedro.
Aproveito muito esses treinos para experimentar todo o tipo
de remates, às vezes ainda “levo na cabeça” por tentar coisas que possam
parecer ridículas ou absurdas, mas faço-o porque gosto de aprender e sempre
gostei de ser o mais criativa que conseguisse.
Se pudesse contratar uma jogadora para o Cale (esquecendo a
questão financeira), quem seria?
Mónica Soares
Série favorita: Modern Family
Filme favorito: Moulin Rouge
Cantor favorito: Não tenho
Prato favorito: Rojões
Bebida favorita: Qualquer sumo de maracujá
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