Análise da semana




Foi um fim-de-semana com apenas 3 jogos, porque era semana de folga para as equipas madeirenses (jogam apenas de 2 em 2 semanas) e porque as competições europeias de andebol de praia levaram ao adiamento do Cale – Alavarium. Foi uma jornada pautada pelo equilíbrio mas temos que destacar mais um sensacional resultado do Assomada que foi empatar ao reduto do Sir 1º de Maio. E damos os parabéns à Andebol TV por ter colocado 2 diferentes comentadores a comentar esse jogo, com muito mais conhecimento e qualidade nos comentários. É bom ver que as nossas críticas são aceites e ajudam para aumentar a qualidade.

Depois de vencer no pavilhão do Alavarium, de ter vendido muito cara a derrota com o Madeira SAD, o Assomada faz de novo um “grande” perder pontos e deixou fugir a vitória no último minutos, pois liderava por 2 já muito perto do final. Um dos aspetos que mais temos gostado é a capacidade de utilização de um número muito elevado de jogadoras, o que permite que todas tenham protagonismo e seja difícil destacar algumas. Mas neste jogo, a eficácia de Paula Malcato na ponta direita tem que ser destacada, bem como o excelente jogo da lateral esquerda Nádia Fernandes que revelou muita qualidade nos remates de primeira linha. A equipa lisboeta que tinha um calendário muito difícil neste arranque de campeonato, tem tido um brilhante desempenho e é sem dúvida a grande surpresa da competição. Do outro lado, mais um mau resultado do Sir que ainda não conseguiu a qualidade exibicional que o seu plantel prognosticava. Curiosamente, neste jogo apareceu Miriam Almeida que contra a sua anterior equipa fez a melhor exibição da época revelando dotes de goleadora. Além dela, há que destacar a eficiência da ponta esquerda Carolina Gomes que, na segunda parte numa altura em que a sua equipa parecia perdida, ia segurando o resultado com golos de bela execução. Já elogiámos Paulo Félix, nomeadamente no último jogo, pela qualidade de algumas das suas decisões. Mas cremos que tem que rever esta tendência que tem de dar por exemplo apenas metade do tempo a Telma Amado (a equipa com ela em campo rende claramente mais) e por exemplo o tempo inteiro a Ana Neves que está longe da sua melhor forma. Tal como o técnico bem disse às declarações no final do encontro “O importante é chegar em forma aos play-offs”, mas nós diríamos que ainda mais importante é que se vão tirando as conclusões certas até lá, porque o registo de apenas 2 vitórias em 5 jogos não é o arranque que se esperava face ao plantel reforçado desta época.

A Juve Lis venceu o JAC Alcanena e reforçou a nossa convicção que tem equipa para ir aos play-off. O calendário inicial não era fácil mas a equipa de Leiria começa a vencer os jogos que tem que vencer. Neste encontro, tinha pela frente uma das revelações do campeonato mas a equipa de Marco Afra esteve muito segura defensivamente, anulando os pontos fortes do JAC e no ataque contou com a veia goleadora de Francisca Marques que depois de um início de campeonato onde estava a ter poucos minutos aparece agora em grande nos últimos 2 encontros e neste encontro marcou de todo o lado: 7 metros, ataque organizado, contra-ataque e até quase de baliza a baliza. Destaque também para Joana Espinha que apareceu a jogar a central, posição onde esteve bastante bem e a Juve é a única equipa do campeonato com 3 esquerdinas em simultâneo, desde a ponta direita até central. O JAC fez um jogo abaixo do que tem vindo a fazer. A opção de Marco Santos colocar 7 jogadoras de campo na sgeunda parte correu mal, não porque não fosse válida, mas porque a equipa cometeu muitas falhas técnicas e proporcionou golos fáceis de baliza aberta. Salvou-se Maria Malaca que apesar da sua baixa estatura jogou e fez jogar e Aurora Prata que nas poucas oportunidades que teve na ponta direita (além dos 7 metros) teve uma excelente eficácia. Ao longo de todo o jogo, a equipa esteve atrás e pareceu sempre mais intranquila do que nas outras jornadas, pelo que não mereceu ganhar este encontro.


Na Maia esperava-se um jogo tranquilo para a equipa de José Carlos Ribas mas tal não se verificou. O Maiastars venceu mas novamente com uma exibição muito longe do que este plantel pode fazer. Mas a primeira parte até foi de domínio das maiatas, conseguindo defender ao seu melhor nível , criando inúmeras dificuldades ao Académico do Porto. Mas a segunda parte foi o oposto. Inúmeras falhas técnicas, falhas de concretização e uma falta de confiança difíceis de entender. No meio de tudo isto, salva-se Débora Moreno. É verdade que também erra muito, mas é a única jogadora que sentimos verdadeiramente desinibida a jogar neste momento. As outras atletas parece que jogam sobre brasas e são uma sombra daquilo que já mostraram, umas no passado no Maiastars, outras nos clubes às quais foram contratadas. Os responsáveis maiatos deviam estar mais preocupados com isso do que com o facto das suas atletas falarem ou não ao nosso blog. O Maiastars ganhou mas a diferença de plantel para o Académico não deveria justificar o aperto dos últimos minutos. Quando ao Académico, fez uma primeira parte muito má, em linha com o péssimo arranque de campeonato que tem feito. Valeu a atitude de quase terem conseguido ir buscar o jogo e de uma Cristiana Alves que em alguns momentos parece carregar a equipa às costas. Nota-se trabalho defensivo na equipa de André Monteiro mas o técnico tem que dedicar muito mais trabalho aos aspectos ofensivos, onde a equipa falha rotundamente. Há que ter a coragem de mudar, senão o Académico pode ficar muito longe de cumprir o seu objectivo.

Comentários

  1. Marco Santos precisava de ir em busca do resultado e arriscou com 7 jogadoras de campo. Mas da forma como a equipa estava a jogar, sem ideias e desmotivada, essa estratégia só penalizou a equipa dando golos de bandeja à JUVE que esteve bem defensivamente. Foi o pior jogo do JAC esta época, e a equipa tinha capacidade para fazer mais só que estiveram em "dia não", tirando a Luisa Cortes que em diversas alturas do jogo ainda manteve a equipa em jogo, só que ofensivamente as coisas não resultavam. Seguem-se agora dois jogos complicados e vamos ver como a equipa vai reagir.

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