Análise da semana




A jornada deste fim-de-semana teve apenas 4 jogos, 2 deles muito desequilibrados e muito pouco interessantes. Por isso, comecemos pela surpresa da jornada com a vitória da Juve Lis diante do Maiastars.

Mérito para uma exibição muito personalizada da Juve Lis perante um Maiastars muito abaixo do que pode fazer. As leirienses fizeram um grande jogo a defender, com bastante agressividade e anulando muito bem Diana Oliveira. O ataque foi muito paciente, explorando ao limite o tempo, com um arranque de jogo notável por parte de Kelly Rodrigues a marcar golos e a assistir as pivots, o que obrigou o Maiastars a fazer-lhe uma marcação individual. Na segunda parte, saltaram para o campo as pontas Francisca Marques e Ana Fonseca, que estiveram em bom plano, conseguindo a Juve Lis uma importante vitória e mostrando que, depois de duas primeiras jornadas difíceis na Madeira, estão na luta e os play-off são um objectivo bem realista. Quanto ao Maiastars, a equipa tem que render mais. Salvou-se Mariana Azevedo, agora adaptada à ponta esquerda e obviamente Débora Monteiro que começa a época em grande forma. E é incompreensível que pedindo (bem) um desconto de tempo a menos de 10 segundos do fim e a perder por 1, José Carlos Ribas não retire a Guarda-redes do campo, substituindo por uma jogadora de campo, especialmente tendo em conta que estavam em inferioridade numérica – erros que se pagam caros. O Maiastars tem que render mais.E se durante anos o Maiastars vivia da sua formação, sem investimento financeiro, agora já não se poderá dizer o mesmo. O investimento tem sido forte, com algumas jogadoras a receberem casa e propinas, tendo contratado algumas das mais promissoras jovens internacionais (Débora Moreno, Lyia Mingalieva, Mihaela Minciuna, Ana Maria Ursu, Neide Duarte, Mariana Almeida, entre outras), a juntar a algumas jovens de grande qualidade formadas na Maia como Diana Oliveira ou Mariana Azevedo. E quando um clube aposta forte financeiramente, naturalmente que se espera uma melhoria de resultados e o jogo deste Sábado esteve muito abaixo daquilo que é exigido a uma equipa com jogadoras da qualidade do Maiastars.

O Sir 1º de Maio estreou-se a ganhar. Depois de um fim-de-semana fraco no Funchal, a equipa de Paulo Félix ganhou num jogo equilibrado na primeira parte mas em que a excelência da defesa da equipa de Picassinos fez a diferença. O Sir possui uma defesa alta e bem estruturada e esse é o ponto forte da equipa. Telma Amado foi uma das melhores do jogo, quer a defender quer a atacar e Carolina Gomes continua a mostrar que é uma das melhores jogadoras no seu posto específico. Gostamos da ambição de técnicos e jogadoras do Sir dizendo que querem ser campeões, mas continuamos a achar que precisariam de um ataque melhor para lutar por essa ambição. Quanto ao Cale, apesar de registar a terceira derrota em 3 jogos, a equipa tem conseguido ser competitiva, diante de formações com outras ambições que as suas. Defensivamente, a equipa luta muito e consegue conter bem os pontos fortes dos adversários mas, em termos ofensivos, as limitações são conhecidas. Seria fácil para nós dizer, depois de 3 derrotas consecutivas, que acertámos quando dissemos que o Cale seria uma das equipas com mais dificuldades esta época, mas a realidade é que estão a ter um desempenho acima daquilo que esperávamos neste momento. Veremos como evolui esta jovem equipa.

Quanto ao Santa Joana – Alavarium, o que podemos dizer de um jogo em que a diferença final é de 30 golos? Até agora, fomos muito críticos com a equipa do Santa Joana; ainda antes do início do campeonato, alertámos para as dificuldades que a equipa teria para ganhar um jogo. Fomos muito criticados nas redes sociais por isso, mas agora é tão evidente que achamos que não vale a pena “chover no molhado” e achamos que as jovens atletas que corajosamente se entregam a este desafio merecem é uma palavra de incentivo porque não é fácil estar na posição em que estão. Quanto ao jogo, achamos que o resultado final diz tudo, nem queremos comentar nada mais
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Por último, o Colégio de Gaia esmagou na sua deslocação ao Académico do Porto. E mesmo sem Joana Resende e Patrícia Lima (A juntar às já anunciadas ausências de Sandra Santiago e Bebiana Sabino), as campeãs nacionais não tiveram qualquer dificuldade, com uma defesa sólida e os contra-ataques de Carolina Monteiro. Apesar de lesões, abandonos e outros imprevistos, o Colégio de Gaia vai cumprindo as suas tarefas, embora ainda não tenha tido nenhum jogo contra as equipas de topo. O Académico do Porto continuou a sua senda de péssimas exibições. Por mais que jogadoras e treinador tentem negar que está a ser um mau arranque, é indiscutível que o Académico tem estado a um nível muito fraco. Neste jogo, as fragilidades ofensivas foram demasiado visíveis e apenas Josefina Rodrigues conseguiu ir lutando contra a maré. André Monteiro terá que pensar em alterar algumas estratégias porque o Académico não está no caminho certo. 

Comentários

  1. Já agora, qual é a vossa opinião em relação ao lance da Adriana Lage no jogo do SIR, que estando excluida, foi marcar um golo de livre de 7 metros e o mesmo foi validado, tendo a atleta levado mais uma vez 2 minutos? O que dizem as regras nesta situação? Parece impossivel que a mesa não tenha dado conta da situação a tempo!!!

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    1. Com uma arbitragem daquelas, acho que se estivessem duas guarda-redes em cada baliza ao mesmo tempo eles deixariam o jogo seguir.
      Deviam fazer uma análise também aos árbitros. Este ano as duplas existentes deixam muito a desejar.

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    2. Bem vindo ao mundo da arbitragem portuguesa no andebol =)
      Tudo.... até o impossível é possível por cá.
      O andebol pode ter evoluído, pena é que a arbitragem não....

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  2. A regra apenas refere que caso ainda não tenha havido o lançamento de saída correspondente, o golo pode ser anulado. Caso o lançamento de saída já tenha sido executado, o golo não pode ser anulado. De qualquer das maneiras, deve haver sempre a sanção à atleta por entrar antes do tempo.
    Mas também não me parece que isso tenha tido muita influência no resultado... enfim...

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    1. depende do ponto de vista ,não sei como estava o resultado mas era menos um golo e menos 2 jogadoras em campo é a tal protecção....deviam era os arbitos ser avaliados e nao lhes pagarem no final do jogo . gozam e ainda recebem????????

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  3. Acho que esta na hora de não brincarem ao andebol e protegerem sempre as atletas e equipas que desde do inicio da epoca já são campeãs .
    ponham arbitros isentos e com categórica e não aqueles que nunca deram nadinha no andebol...e agora querem parecer o que nunca foram.

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  4. Não teve influência porque o SIR/CJB acabou por vencer pela diferença de 6 golos, mas podia ter sido um lance com influências no resultado. Imaginemos que isso acontecia no jogo da final e que o lance decidia o Campeão Nacional. Era no mínimo vergonhoso. Os árbitros cometem erros é certo, mas os deste jogo exageraram.

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  5. Quem comenta viu o jogo SIR/CJB vs CALE? É porque não parece... eles (dupla arbitragem) foram maus, mas muito maus para os 2 lados.... Foi um chorilho de 2 minutos que não lembra a ninguém.

    E sim, quando esta situação do livre de 7 metros aconteceu, o golo foi validado e a equipa do SIR/CJB ficou sem mais uma jogadora em campo (2 atletas excluídas), devido ao novo 2 minutos dados à jogadora que entrou antes do tempo.

    Neste caso quem autoriza a validação do golo? A dupla de arbitragem ou a delegada ao jogo?

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    1. Por acaso até fui eu que falei no assunto porque até lá estive, por isso posso falar do que vi. Nem eu nem ninguém aqui falou que foi so o CALE o prejudicado. O jogo teve tantas exclusões que o próprio ficou feio para o muito publico que o acompanhava. Como lá tive também vi que a atleta foi excluida (e bem) por ter entrado antes do tempo e nem eu nem ninguém aqui disse o contrário. Em relação ao último ponto, houve falha da mesa principalmente porque deveria ter sancionado a atleta ANTES dela marcar. Como não o fez, e como aqui disseram que era assim a regra (eu nem sabia) o golo foi validado e bem. É justo? Não não é, mas é a regra. Não pense que falo só por falar. Como eu, há quem respeite o Andebol e os seus intervenientes e quando falo é com provas e não do "disse que disse".

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  6. O golo pode ser anulado sim, mas só se ainda não tinha sido executado o lançamento de saída (meio campo). Se este foi executado, já não podem anular o golo.
    Mas sendo uma prova de séniores, há delegado.

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