Análise ao Portugal - Roménia



Portugal sofreu uma pesada derrota com a Roménia, maior ainda do que tínhamos previsto (10 golos era a nossa previsão). E antes de analisarmos o jogo, queríamos esclarecer àqueles que nos enviaram e-mails a criticar por termos dito que Portugal ia perder por 15 na Rússia e esteve a discutir o jogo até meio da segunda parte que agora aconteceu o contrário. Ou seja, nós não temos prazer nenhum em que as coisas corram mal a Portugal, somos é realistas e sabemos que Portugal  está noutro patamar destas melhores equipas do mundo.

Se na Rússia, Portugal fez uma enorme primeira parte, muito acima das expectativas, em casa com a Roménia fez uma péssima primeira parte, abaixo das expectativas, sobretudo muito abaixo das expectativas criadas depois da grande exibição na Rússia. Portugal tentou surpreender a Roménia começando com um sistema defensivo muito mais aberto do que o utilizado na Rússia e até não se deu mal de todo, pois a Roménia teve dificuldades em marcar nos primeiros 10 minutos, muito também pelo grande arranque de partida de Isabel Góis. Mas o ataque esteve muito mal, sem encontrar quaisquer soluções para ultrapassar a gigante defesa romena. Portugal baixou a defesa, mas as dificuldades aumentaram ainda mais com as atiradoras romenas. Mas era a falta de ideias no ataque que marcava a má exibição de Portugal, um ataque atabalhoado.

Isabel Góis, Érica Tavares e Cláudia Correia foram as portuguesas que se salvaram no naufrágio mas temos que ser realistas e perceber que estamos ainda a anos-luz destas equipas. É verdade que Portugal tem uma equipa muito jovem como diz o nosso seleccionador, mas mesmo quando estas atletas forem mais maduras e elevarem o seu nível de jogo, o que fazer com esta diferença de alturas? Portugal não vai conseguir competir ao mais alto nível com esta média de alturas. E isto é algo que os responsáveis pelo andebol feminino em Portugal devem reflectir.

Voltamos a iniciar como começámos este texto. Somos portugueses e desejamos sempre o melhor para a nossa seleção. Mas temos noção da diferença de qualidade para as melhores do mundo e escrevemos o que pensamos e não o que desejam ler. Vimos melhorias enormes na Rússia, que se evaporaram no jogo com a Roménia. Teremos que esperar pelo futuro para tirar mais ilações, mas já tínhamos alertado que este grupo era fortíssimo e que Portugal ficaria no último lugar. E bastava ver as duas equipas na apresentação das equipas para percebermos quem iria ganhar.


Esperar que atletas que treinam 4 vezes por semana ganhem a quem treina 8 é uma ilusão ou excesso de patriotismo. Nós gostamos muito de Portugal (não nos venham dar lições de moral que queremos o mal da nossa seleção!) mas a realidade é a realidade. E só quando muda coisa mudar no nosso andebol feminino Portugal pode pensar em ganhar estes jogos. 

Comentários

  1. (...E isto é algo que os responsáveis pelo andebol feminino em Portugal devem reflectir...) Porquê? Devem começar a ir ao basket buscar atletas? Os dirigentes tem culpa que as melhores atletas tem a média de altura da população Portuguesa? Devem os treinadores na iniciação escolher as atletas pela altura?

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  2. Mas como podemos fazer frente a seleções profissionais? Como podemos fazer frente a seleções com uma estatura fisica enorme e nós com atletas (desculpem a expressão) de metro e meio??
    Nunca

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