Análise dos jogos do fim-de-semana
O campeonato
começou sem grande surpresas. O jogo que se esperava mais equilibrado, entre o
JAC e o Assomada veio a revelar isso mesmo. O Assomada esteve a vencer a maior
parte do encontro, mas o JAC nunca desistiu, acreditou sempre que poderia dar a
volta e conseguiu fazê-lo já perto do final, aproveitando também uma série de
erros inadmissíveis das jogadoras do Assomada. Aurora Prata fez uma estreia de
sonho na equipa do JAC, jogando a ponta direita (ela que o ano passado ela
lateral esquerda!) e Ana Rita Henriques a mostrar que continua a ser uma ponta
de grande qualidade. O Assomada sentiu muito a ausência de Dulce Pina que
continua a ser a líder deste conjunto. Na sua ausência, a sempre presente Edna
Oliveira voltou a brilhar, muito bem acompanhada pela esquerdina Rute
Fernandes. Mas, na hora da verdade, a ausência de Dulce Pina fez-se notar. Vitória
importante do JAC no seu objetivo pela permanência, diante de um adversário
directo.
Na Madeira,
jogou-se quele considerámos o jogo do fim-de-semana. Mas, tal como prevíramos,
o jogo foi desequilibrado. Recebemos vários e-mails de insatisfação pela nossa
previsão do jogo, acusando-nos de ser pro-Sad e anti-Sports. Nada disso, apenas
comentamos o que achamos e a realidade veio dar-nos razão. A Sad está bem mais
forte e o CS mais fraco e quando assim é o jogo não pode ser equilibrado. A Sad
está com outro andamento, com Mónica Soares a brilhar no ataque (nos primeiros
minutos os seus golos marcaram a toada do encontro) e Isabel Góis a ser um
obstáculo muito difícil de transpor, tendo à sua frente uma defesa que esteve a
um grande nível. O Sports Madeira é, esta época, uma equipa muito
desequilibrada e viveu das suas estrelas – Ana Andrade e Cláudia Aguiar, mas o
seu ataque foi muito, muito mau, com inúmeras falhas técnicas. Ana Castro teve
uma tarde para esquecer e Marco Freitas demorou uma parte inteira a perceber
que tinha que colocar Ana Andrade a lateral esquerda para a equipa render mais.
Uma nota para o regresso de Nádia Nunes, o bom senso prevaleceu e a jovem
guarda-redes voltou à baliza do Sports Madeira. Excelente ambiente no Pavilhão
do Funchal, mas o desequilíbrio do jogo impediu que o entusiasmo fosse maior,
triunfando a equipa com mais argumentos e que, com a lesão de Sandra Santiago,
ainda reforçou mais o seu favoritismo a vencer tudo esta época.
Em Aveiro, o
Alavarium triunfou facilmente diante de um Académico que fez uma exibição muito
fraca. É difícil destacar alguém no meio de um naufrágio desta dimensão mas
Cristiana Alves foi lutando contra a maré e a guarda-redes Rosa Ribeiro
procurou também evitar uma maior goleada. André Monteiro tem muito para
trabalhar, sobretudo em termos ofensivos onde a equipa sem jogadoras altas tem
que conseguir outras soluções diferentes das deste jogo onde a exibição foi má
demais. Quanto ao Alavarium, uma equipa quase nova mas que fez uma excelente
exibição. Cláudia Correia assinou uma grande exibição no regresso a Portugal e
Carolina Silva fez também um excelente jogo.
Defensivamente, o Alavarium esteve muito bem com uma defesa muito alta e
possante e deu boas indicações para o futuro.
Por último, um
jogo mais equilibrado do que prevíramos. O Maiastars teve bastantes dificuldades
para vencer em Leça. Com uma defesa muito agressiva, o Cale anulou muito bem os
pontos fortes do Maiastars, sempre no limite da exclusão, mas cumprindo o que é
necessário a esta equipa para ser competitiva: Raça, entrega ao bom estilo do
Cale. Ofensivamente, tal como era esperado, encontrou mais problemas e nesta
matéria destacaram-se Joana Borges e Mariana Gomes que, vinda do Santa Joana,
efetuou uma óptima estreia. O Cale entra a perder mas deixa boas indicações e
faz-nos reforçar a nossa ideia de que poderá mesmo evitar a despromoção, embora
vá ser uma luta até ao final. O Maiastars ainda não apresentou o seu maior
reforço, Mihaela Minciuna e o seu ataque revelou uma inoperância inesperada.
Destacaram-se Mariana Azevedo e Diana Oliveira que disfarçaram algumas lacunas
ofensivas, apontando mais de metade dos golos da equipa. O Maiastars venceu
porque, defensivamente, voltaram a apresentar as caraterísticas que lhe são
reconhecidas – intensidade, dureza e bastante trabalho de pernas. Mas
acreditamos que esta equipa vai crescer ao longo da época e vai atingir níveis
de qualidade que esteve longe de atingir num jogo em que teve que suar muito
para não ser surpreendido.
Engraçado não terem feito referência, na vossa análise ao jogo que decorreu na Madeira, a uma jogadora ter passado todo o jogo a "insultar" pessoas da bancada. Uma atitude nada aceitável para uma atleta, ainda para mais internacional. Atente-se que o pavilhão estava cheio para assistir ao dérbi regional.
ResponderEliminarÉ normal essa reação da Ana depois do que a preside da SAD lhe fez. Quem não se sente não é filho de boa gente.
ResponderEliminarAntes de apontarem o dedo a Ana Andrade saibam as razões que a Sr.ª fez a respectiva atleta
ResponderEliminare mais não digo apurem a verdade, e aí já poderão emitir a vossa opinião.
A bem do Andebol
Cá para mim que fez o primeiro comentário foi a que diz que manda no Andebol da Madeira. A senhora da SAD ou será o pau mandado da treinadora.
ResponderEliminarA palhaçada está ao rubro