Trocar a Europa pelo Campeonato





O Madeira Sad já anunciou que não irá participar nas competições europeias na próxima época. Dos 4 clubes que se assumem como candidatos ao título (Colégio de Gaia, Madeira Sad, Alavarium, Sir 1º de Maio), a equipa madeirense é a única que recusou participar nas competições europeias.

Quanto custa a participação nas competições europeias para uma equipa feminina em Portugal? Mesmo com o apoio da FAP, comparticipando parte dos voos, estamos a falar de uma verba que poderá oscilar entre os 15 e os 30 mil euros, dependendo dos locais das viagens e do sucesso desportivo.

Face aos valores conhecidos que recebem as melhores jogadoras no campeonato português, estamos a falar de uma verba que daria para contratar 2 ou 3 das melhores jogadoras nacionais. Por mais que possa alegar razões financeiras que levam a não participação nas competições europeias, o Madeira Sad poupa dinheiro que utilizou na contratação de algumas das melhores jogadoras portuguesas, como são o caso de Mónica Soares, Isabel Góis e Sara Gonçalves.

Os outros clubes que decidiram participar nas competições europeias, ficaram com uma boa parte do orçamento destinada a essa participação, não tendo capacidade financeira para competir com o Madeira Sad.

Sabendo nós que as ambições das equipas femininas portuguesas nas competições europeias são muito reduzidas, acreditamos que esta foi a jogada de mestre do Madeira Sad que lhes permite ter, na nossa opinião, o melhor plantel da próxima época do campeonato português. É bom para o prestígio do andebol português lá fora que o melhor plantel desista da Europa? Não. Mas a Europa foi trocada pelo campeonato português.

Comentários

  1. Acho que andam enganados quanto à história da capacidade financeira da SAD. Há muito dinheiro por receber e espero que não andem a prometer coisas que não podem cumprir. Muitos meses em atraso com valores que apenas dão para o passe mensal do autocarro. Já foi o tempo das vacas gordas...ir à europa, contratando ou não novas atletas, há muitos anos que é um tiro no pé!
    Aprecio a vossa análise, embora discorde do cerne da questão.

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